HQs da semana: 20 de julho


Nossa avaliação

O grande destaque da semana não é nenhuma edição bombástica de uma grande saga, mas o relançamento do título mensal do Demolidor com a nova equipe criativa formada pelo roteirista Mark Waid e o desenhista Paolo Rivera. Depois das longas e aclamadas fases em que o título do homem sem medo era escrito por, respectivamente, Brian Bendis e Ed Brubaker, e da malfadada (e bisonha) saga Shadowland, o personagem vai parar no fundo do poço, e retorna de lá com uma nova atitude.

O Matt Murdock de “Daredevil #1” não é mais o vigilante angustiado dos últimos anos, mas um herói positivo e descontraído, que vive o momento e encara de frente um mundo que só lhe causou sofrimento. É um homem que não tem mais nada a perder, e que começa a reconstruir sua vida a partir da base tradicional: uma parceria com o colega advogado Foggy Nelson, e atividades extras vestido de demônio. A arte de Paolo Rivera é soberba, em especial nas sequências em que mostra a “visão” de mundo através do sentido de radar do protagonista. Mas quem supera todas as expectativas é o artista Marcos Martin, que desenha uma página introdutória contando a origem do herói de modo bem minimalista, e também fica a cargo de uma fofíssima história extra em que Matt e Foggy conversam sobre a nova atitude do herói, e onde há uma splash page em que o artista representa os sentidos aguçados do personagem de maneira genial.

Os roteiros de Waid também não desapontam. É impossível não se empolgar com a luta entre o Demolidor e o vilão teleportador Mancha, assim como não rir dos esforços de Matt para convencer a todos de que ele não é o Demolidor, ou da sua ameaça a Foggy: “se eu tiver que aguentar o fedor de outro saco de pipoca de microondas naquele escritório, vou ter que pedir demissão!”

Outros pontos fortes da semana foram “Avengers Academy #16” e “Invincible Iron Man #506”, que lidam com as repercussões da saga Fear Itself. No primeiro, o Gigante enfrenta dois dos “dignos” – os vilões que ganharam um “upgrade” de poder graças aos martelos encantados do Serpente – e consegue uma importante vitória pagando um alto preço. Do outro lado do mundo, os alunos da Academia dos Vingadores tentam salvar os inocentes das máquinas de guerra nazistas lideradas pela nova Caveira Vermelha (também uma dos “dignos”), e a jovem Veil aprende uma lição bem amarga. Já no título do Homem de Ferro, Tony Stark faz um terrível sacrifício em nome de Odin, e consegue convencer o líder do panteão nórdico a ajudá-lo. Agora, com a ajuda dos anões boca-suja de Svartalfheim, ele terá que correr contra o tempo para forjar armas divinas para os Vingadores pra nivelar o nível da luta contra o Serpente e seus asseclas. Novamente o clima é de desespero, mas a edição é insanamente divertida.


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