Breaking Bad 4×03 – Open House


Nossa avaliação

Olha, Jesse Pinkman, eu realmente te odiava quando você era apenas um vacilão, andando com seus dois parceiros igualmente mongoloides. Mas ao te ver agora, organizando orgias com mendigos, putas e sexagenários apenas para não ficar sozinho em casa e ser confrontado pelos problemas, eu fico entediado, enfastiado, PUTO. A sua depressão está vazando por todos os monitores e LCDs de quem te assiste. Por favor, ARRUME UMA NAMORADA.

Mas como Breaking Bad continua sendo um show de respeito, as desgraças não se empilham. Hank, que estava dando uma aula de como ser um filho da puta chato para cacete, resolveu sair um pouco do estado de modorrência em que se meteu lá na terceira temporada (após enfrentar dois pistoleiros mexicanos que lhe renderam uma paraplegia, relembremos). Isso se deve, em grande parte, ao retorno de um dos grandes trunfos da série: a cleptomania de Marie, a esposa gente boa e abnegada.

Ao cobrar um favor – livrar Marie do xilindró – de um dos seus colegas policiais, Hank é formalmente apresentado ao diário de confissões íntimas de Gale, o antigo parceiro de Walter White que foi assassinado por Pinkman. Mas é claro que Hank só resolve abrir o diário na última cena do episódio, adiando em uma semana a resolução do imbróglio, embora seja mínima a chance de que o nome de Walt não esteja lá.

Miss you, brother

(Voltando à Marie, esse foi um daqueles raros momentos da televisão em que você sente vontade de viajar lá no estúdio só para apertar a a mão de um ator em especial. Betsy Brandt, que encarna a versão menos glamourosa da Winona Ryder, chutou todos os traseiros possíveis em suas aparições. O fluxo de mentiras e historietas para boi dormir que ela consegue despejar é tão impressionantemente fluido, que deveria servir de material de reprodução obrigatório de qualquer escola de teatro. Nem vou procurar o número de takes feitos para cada cena porque não quero correr o risco de me decepcionar. Ok? Ok.)

Skylar finalmente consegue adquirir o lava jato que servirá de laranjão para as negociatas milionárias do ex-marido. E consegue isso sacaneando o romeno mesquinho que já humilhara Walt, despachando dois coelhos com um só petardo.

E, ah, equação rápida: Saul Goodman utilizando um terno em que a camisa de dentro é rosa + (mais) o fato de que Mad Men está de férias – (menos) a auto-indulgência de Pinkman: Breaking Bad é, ainda sim, a melhor coisa que existe na atualidade.

Lidem com isso.


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