HQs da semana: 14 de setembro


Nossa avaliação

Apesar da estréia de Miles Morales – o “Homem-Aranha negro” – em “Ultimate Comics Spider-Man #1”, o destaque continua a ser o lançamento dos novos títulos da DC. Isso porque o estilo do escritor Brian Bendis no título do Aranha é tão descomprimido que temos a impressão de ter lido só o começo de uma edição, e vale a pena esperar mais alguns números antes de avaliar. Sendo assim, vamos ver o que a DC trouxe!

Red Lanterns #1” é o novo título da franquia do Lanterna Verde, focando no vilão Atrocitus e sua tropa de aliens raivosos. O normalmente talentoso Peter Milligan faz um roteiro apenas mediano, que é ainda mais prejudicado pela arte sem graça do brasileiro Ed Benes. Não convence nem atrai novos leitores. E nem entretém os velhos. Nota 2 em 5.

Batman and Robin #1” mostra a nova dupla dinâmica composta por Bruce e Damian Wayne. Se por um lado a atitude ranzinza do novo Robin contrastava melhor com o otimismo de Dick Grayson, por outro lado seu relacionamento com o pai também não é sem atrito, e Bruce vai ter muito trabalho para lidar com a rebeldia do garoto. Peter Tomasi não consegue escrever um Damian tão interessante quanto Morrison fazia, mas nem por isso a história é ruim. Nota 3,5 em 5.

Já “Green Lantern #1” faz tudo direitinho, com uma boa dose de retrospectiva para situar os novos leitores, mas avançando a saga de Hal Jordan e Sinestro. O Jordan do “DCnU” é mais parecido com o Ryan Reynolds do filme, o que não é de todo ruim. E ter Sinestro como co-astro do título é um prazer – mas vamos ficar de olho para ver se Geoff Johns não vai tentar “redimir” o bigodudo, desconsiderando todas as atrocidades que ele já cometeu. Nota 5 em 5.

Superboy #1” é um título chaaato… O personagem está bastante diferente e parece ter tido sua história completamente “resetada”. A nova versão é até interessante, mas falta ação e conflito à edição. Um ponto curioso é a inclusão do que parece ser uma personagem do grupo Gen-13, do universo Wildstorm. Nota 1,5 em 5.

Suicide Squad #1” perde pontos pelo design infeliz dos personagens, como a versão piriguete da Harley Quinn e a Amanda Waller pós-lipo. Fora isso, a história é surpreendentemente boa, com trechos dedicados a descrever os principais personagens para os novos leitores, e uma reviravolta bem sacana no finalzinho. Não sou muito fã de revistas estreladas por super-vilões, mas a nota é 3,5 em 5.

Demon Nights #1” é divertidinho e tem um jeitão de título da Vertigo, mas peca por não fornecer um bom número 1. É preciso ser um leitor da DC da velha guarda pra reconhecer alguns dos ilustres desconhecidos que compõe o “cast” do título medieval, e fato é que a edição termina sem também deixar muito claro o porquê de sua existência. Pontos pra bela arte de Diógenes Neves, no entanto. Nota 2,5 em 5.

Legion Lost #1” é ótimo… pra quem já é leitor assíduo da Legião dos Super-Heróis. Pra quem não é, até tem algumas características redentoras: a premissa é simples o bastante para se captar, os membros da equipe têm visuais e personalidades bastante distintos uns dos outros, etc etc. Mas fica a sensação de que precisávamos ter lido alguma outra edição antes dessa… Nota 3 em 5.

Batwoman #1” é a edição mais bonita do DCnU até o momento. J.H. Williams III arrasa na arte, e também não desaponta agora nos roteiros.

O trechinho “flashback” que serviria para dar aos novos leitores uma noção sobre quem é a heroína e de onde ela veio acaba sendo curto e confuso demais… Certamente merecia mais algumas páginas, até porque este é o título mais curto da semana. Nota 4 em 5.

Deathstroke #1” é melhor do que eu esperava. Isso porque, como eu disse, não gosto de revistas de super-vilões. Mas Slade consegue ganhar a nossa simpatia como o fodão-que-está-ficando-velho-mas-quer-mostrar-que-ainda-é-o-melhor, mesmo quando ele comete alguns atos bem sacanas contra alguns personagens secundários. Um elenco de apoio interessante é justamente o que falta ao título. Nota 3,5 em 5.

Grifter #1” podia ter sido legal, mas se perde em uma narrativa não-linear bagunçada e não consegue dar personalidade ao protagonista. O resultado é tão ruim quanto um episódio de “Heroes”. Nota 1 em 5.

Mister Terrific #1” é bacana, mas acaba sendo avacalhado pelo artista Gianlucca Giugliotta. É comum que os desenhistas de quadrinhos não consigam dar feições particulares para cada personagem, mas aqui fica difícil até diferenciar o herói negro de um personagem branco! A apresentação do herói funciona, mas as cenas em que ele está sem a fantasia ficam difíceis de ler. Nota 3 em 5.

Resurrection Man #1” traz o herói com um dos poderes mais peculiares do universo DC e faz um bom trabalho de criar um clima de horror para o título. Mas é outra revista que mais parece um título Vertigo, e é recheada de clichês típicos do extinto selo “adulto” da editora. Nota 3,5 em 5.

Frankenstein – Agent of S.H.A.D.E.” não tem um décimo do charme das aventuras do personagem escritas por Grant Morrison.  Jeff Lemire até tenta arranjar alguns conceitos bizarros pra temperar a edição, mas dedica tempo demais para explicá-los e torna o texto chato de ler. Não chega a ser ruim, é apenas… sem graça. Nota 2 em 5.


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