Quatro histórias diferentes guiaram o episódio desta semana em “Grey’s Anatomy”. Infelizmente, o peso dado a cada uma dessas histórias enfraqueceu o que poderia ter sido um novo fôlego para a reta final da temporada.
Cristina e Owen estão em casa com gripe, ou pelo menos é isso que eles querem que os colegas de trabalho pensem. Na verdade, os dois tiraram o dia de folga para discutir a relação. Ele quer se redimir, mas ela quer ouvir todos os detalhes que levaram à traição. Ponto para os roteiristas que acertaram desta vez e fizeram bom uso da trama explorando o melhor de Sandra Oh, que ainda me assusta com sua capacidade de ir das lágrimas ao riso e do riso às lágrimas em segundos. Emmy pra ela já! O que tirou um pouco o brilho destes momentos foram os constantes flashbacks das brigas do casal, não sei se com o intuito de fazer o público relembrar a jornada que levou os personagens até ali ou por preguiça mesmo.
Teddy, em sua nova trajetória de superação do luto, convida Callie e Arizona para uma noite de garotas. O núcleo lésbico da série teme que tanto amor entre as duas possa deprimir a amiga e recruta Bailey para a missão “Salvem a Viúva”. Mais uma vez, esse seria o alivio cômico do episódio e poderia ter sido bem pior, não fosse o ótimo trabalho de Chandra Wilson, acostumada a fazer limonadas dos limões que recebe semanalmente.
Aproveitando a ausência de Owen, Mark Sloan se auto-intitula chief. O cirurgião plástico vai dividir toda a sua arrogância entre momentos de inspiração com Derek Sheperd e de aprendizado com o ex-chief Richard Webber. A série sempre flertou com o fato de Sloan ser o menos capaz entre os chefes de departamento, seja pelos defeitos do personagem ou pela plástica ser considerado um ramo menor, mas desta vez conseguiu explorar muito bem todo o potencial da história. Um único lamento: essa trama acabou roubando tempo da última e, na minha opinião, a mais importante storylne.
Os residentes continuam se matando para passar no último e derradeiro exame que os farão médicos completos. Enquanto Meredith tem o “Método Torres” dentro de si, April, Alex e Jackson se desesperam por não conseguirem lembrar nem dos seus mais recentes casos cirúrgicos. Eles resolvem pedir uma ajudinha à Lexipedia na hora de memorizar dezenas de prontuários. Meredith dá um basta no abuso e cria o “Método Grey” de apoio adicionando Cristina ao grupo de alunos. Ora, é justamente a esse sistema de suporte que o título do episódio faz alusão. E não foi por ele que começamos a nos apaixonar lá em 2005? Claro que Jackson e April não são nenhum George e Izzie, mas é na difícil jornada de aprendizado desse grupo que estou interessado.