Você sabe que é uma semana fraca em matéria de quadrinhos quando a expectativa para os lançamentos da semana seguinte é maior do que a animação com qualquer coisa que esteja à venda nas comic shops. Mas antes de chegar às primeiras edições de “Before Watchmen” ou de “Earth-2”, com seu Lanterna Verde gay, o jeito é nos contentarmos com algumas edições sólidas.

“Wolverine and the X-Men #11” é provavelmente a pior edição do título, mas ainda assim melhor do que qualquer coisa lançada pela Marvel na semana. Outro “tie-in” da saga Avengers Versus X-Men, o título aprofunda a aliança tensa entre Wolverine e Esperança, e acaba por desperdiçar a chance de um confronto épico, ao tratar os Death Commandos do império Shiar como bucha de canhão. Teria sido muito mais interessante se o esquadrão da morte alienígena estivesse atrás de outros mutantes com ligações com a Fênix, como Rachel Gray e Quentin Quire.

“Ultimate Comics Ultimates #11” é mais uma edição da revista dos “Supremos”, a versão alternativa dos Vingadores. Desde que Jonathan Hickman assumiu o título, ele tem parecido mais uma minissérie “What If” do que um título regular. Mas o que dá ao título uma graça a mais é o cuidado na construção da intriga política e das múltiplas ameaças sci-fi que nossos “heróis” enfrentam. Os Vingadores tradicionais nunca estiveram numa situação tão complicada quanto a que Tony Stark se vê ao final desta edição.

O título autoral de Jonathan Ross e Bryan Hitch, “America’s Got Power #2”, surpreende na segunda edição ao diminuir a ação e o espetáculo para se concentrar em estabelecer um passado e uma motivação para o mocinho Tommy Watts, o participante do reality show de super-heróis que, apesar de ter um “nível de poder zero”, tornou-se o favorito da competição. O que é bom, porque fica estabelecido que Tommy não é o tipo de babaca que normalmente participa desses programas, mas sim um cara bacana com quem o leitor pode se identificar.