HQs da semana: 27 de junho


Nossa avaliação

Na falta de grandes destaques, ou mesmo de qualquer coisa que ficasse acima da média, vamos falar dos títulos que pelo menos cumpriram as expectativas dos leitores de quadrinhos americanos durante a última semana.

“Batman Incorporated #2” é uma edição inteiramente dedicada a recontar a história de Talia Head, filha do vilão Ra’s Al Ghul e mãe de Damian Wayne, o atual Robin. É uma narrativa bonitinha, construída daquele jeitão fragmentado de muitas dos melhores roteiros de Grant Morrison, evocando aqueles resumos no estilo “cenas dos capítulos anteriores” que precedem novas temporadas de séries televisivas. Chris Burnham cuida dos desenhos e faz o seu melhor para imitar o traço de Frank Quitely, mas ainda fica um pouco aquém.

“Justice League #10” marca o primeiro confronto entre a Liga da Justiça e Graves, o novo vilão criado por Geoff Johns, que argumentava justamente que uma das fraquezas do título era a falta de bons vilões. Se sim, vai continuar sendo, porque Graves certamente não supre essa deficiência (inclusive o coitado se parece muito com o Pesadelo, um dos antigos vilões da equipe). Ainda assim é uma história sólida, pois conta com o roteiro de Johns e os desenhos de Jim Lee, dois competentes e populares profissionais do meio.

“Hypernaturals #1” é a estréia do título autoral da dupla conhecida como “DnA” (Dan Abnet e Andy Lanning), famosa por ser responsável pelos principais títulos cósmicos da Marvel (de “Nova” a “Guardians of the Galaxy”). Aqui eles criam uma superequipe em um universo futuro dominado pela humanidade e governado por uma inteligência artificial. O resultado parece-se muito com a Legião dos Super-Heróis, ou mesmo com a Guarda Imperial Shi’ar (versão “Marvel” da Legião). Ainda assim é um começo interessante e recomendável pra quem curtiu as sagas “Aniquilação”, dos mesmos autores.

“Spider-Men #2” finalmente traz o encontro entre Peter Parker e Miles Morales, as duas versões do Homem-Aranha. A interação entre os personagens bate em todas as teclas certas e, graças aos desenhos de Sara Pichelli, poderia até ser a melhor surpresa da semana, não fosse o “desespero” inerente ao fato de esse título existir depois de tantas afirmações dos editores de que o universo Ultimate (aqui “Millennium”) deveria se sustentar sem crossovers com as versões tradicionais dos heróis. O encontro entre Peter e o diretor da S.H.I.E.L.D., pelo menos, é hilário: prestem atenção na expressão do herói quando Samuel L. Jackson lhe diz que é Nick Fury.

 


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