Alex Cross (2012) | |
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Direção: Rob Cohen Elenco: Tyler Perry, Edward Burns, Matthew Fox, Jean Reno |
Conhecido também como “Beijos que Matam Begins”, “A Sombra do Inimigo” acompanha o início de carreira do detetive Alex Cross (e nesse sentido, é muito estranho pensar que um dia Tyler Perry vai virar Morgan Freeman). Investigando um serial killer especializado em infligir dor às suas vítimas (e não são todos?), o filme busca apresentar o personagem principal ao mesmo tempo em que tenta mostrar como seu caráter foi moldado pela dor.
E se a trama em si já não fosse idiota por si só, a mão hiper-mega-super-exageradamente-pesada de Rob Cohen na direção consegue piorar tudo ainda mais: movimentos de câmera exagerados e a música que sobe sempre para avisar que algo importante está ocorrendo são apenas alguns dos problemas, somados a recursos estilísticos (imagem tremida, câmera lenta, desfoque) sem função narrativa a não ser uma tentativa de homenagem a Tony Scott. A fotografia saturada tenta criar um clima noir, mas só deixa tudo com mais cara de filme B.
O vilão interpretado por Matthew Fox é bizarro é um sentido muito ruim. Lutador de MMA underground magricela e com caras e bocas de mímico de rua, ele é o tipo de vilão que explica todo o seu plano para o herói e o filme pra a plateia. Além disso, Perry consegue tirar risadas involuntárias em um monólogo em que dá o diagnóstico de um psicopata. A cena deveria ser tensa e mostrar a inteligência do personagem, mas só consegue ser um dos momentos mais vergonha alheia do ano.
Sem assustar e nunca empolgar de verdade, “A Sombra do Inimigo” só vale pelas poucas cenas em que a ação consegue de alguma forçar chamara a atenção e impedir os inevitáveis cochilos durante a projeção. Mas é uma boa opção para quem gosta de rir do que deveria ser sério.