10. Clara Sola (dir. Nathalie Álvarez Mesén)
Clara Sola é um filme obcecado com imagens de limitação e aprisionamento. As fitas roxas usadas pela mãe para determinar até onde a protagonista Clara (Wendy Chinchilla Araya) pode ir ao sair de casa. Os insetos aprisionados por ela em redomas de copos e vasilhas. O próprio corpo da personagem principal, com a deformidade na coluna que sua mãe recusa a operar, que aprisiona o desejo e a plenitude da mulher que Clara deseja ser. (Daniel Oliveira, fonte: site Cenas de Cinema)
9. Luca (dir. Enrico Casarosa, Disney +)
Luca traz uma jornada despretensiosa e bonita, de amizade e amadurecimento, como há muito a Disney/Pixar não faz. E talvez, pela leveza e inocência na forma como conduz os personagens e os desdobramentos da sua história, seja exatamente o que precisávamos em um ano tão duro e solitário.
8. Shiva Baby (dir. Emma Seligman – Mubi)
Em Shiva Baby, Danielle (Rachel Sennott) é uma jovem bissexual ainda indecisa sobre sua carreira profissional. Ela se sente pressionada pelos pais a tomar um rumo na vida e encontra maneiras alternativas de ganhar dinheiro. Quando vai a um funeral junto de sua família, ela passa por vários momentos constrangedores.
7. Homem Aranha: Sem Volta pra Casa (dir. Jon Watts)
A aventura de Peter Parker (Tom Holland), que busca apagar a memória de todos que sabem sua verdadeira identidade, acaba jogando o herói em confronto com inimigos de outras versões do Homem Aranha. É uma história que se vale da nostalgia para empolgar o espectador, ainda que escorregue um pouco no agrado aos fãs e se perca em algumas situações desnecessárias à história.
6. A Filha Perdida (dir. Maggie Gyllenhall – Netflix)
Nessa adaptação do livro de Elena Ferrante, as férias pacatas de uma mulher mudam de rumo quando sua obsessão por uma jovem mãe hospedada nas proximidades traz à tona antigas lembranças.
5. Duna (dir. Dennis Villeneuve – HBO Max)
Em mais uma adaptação da lista, nessa nova versão do livro homônimo de Frank Herbert, o Duque Leto Atreides (Oscar Isaac) manda seu filho, Paul Atreides (Timothée Chalamet) e seus servos e concubina Lady Jessica (Rebecca Fergunson) para Duna. O destino concentra enorme riqueza, mas também o povo mais sofrido. E é lá que Paul vai encontrar seu destino e seguir o caminho para ser o escolhido.
4. Ataque dos Cães (dir. Jane Campion – Netflix)
Um fazendeiro durão trava uma guerra de ameaças contra a nova esposa do irmão e seu filho adolescente, até que antigos segredos vêm à tona.
3. Druk – Mais Uma Rodada (dir. Thomas Vinterberg)
Thomas Vinterberg repete a parceria com Mads Mikkelsen – a outra foi no genial A Caça – para entregar um filme mais leve dessa vez. Para alegrar um amigo em crise, um grupo de professores decide testar a ousada teoria de que o homem consegue alcançar uma versão melhor de si com um pouco de álcool no sangue. A história tem inúmeros momentos tensos em que dramas mais pesados poderiam se desenrolar, mas opta por caminhos mais suaves e mundanos. E isso é ótimo.
2. Quo Vadis, Aida? (dir. Jasmila Zbanic)
Uma professora trabalha como tradutora para a ONU na Guerra da Bósnia. Quando o exército inimigo invade a cidade, ela faz de tudo para ajudar a comunidade enquanto tenta desesperadamente salvar a própria família.
1. Meu Pai (dir. Florian Zeller – Paramount)
O filme de Florian Zeller coloca o espectador na cabeça de um pai, interpretado magistralmente por Anthony Hopkins, em processo de demência. Assistindo ao filme a gente transita nas sensações de confusão, paranoia, constrangimento e melancolia dos personagens.
Listas individuais:
Braulio Lorentz (editor do Pop & Arte, do G1)
- Druk
- Quo vadis, Aida?
- Ataque dos Cães
- Meu Pai
- First Cow – A Primeira Vaca da América
Daniel Oliveira (crítico de cinema do Cenas de Cinema e membro do júri do 66º Festival de Cinema Internacional de Valladollid)
- Quo Vadis, Aida? (dir. Jasmila Zbanic)
- Clara Sola (dir. Nathalie Álvarez Mesén)
- Titane (dir. Julia Ducournau)
- Compartment Number 6 (dir. Juho Kuosmanen)
- Ataque dos Cães (dir. Jane Campion)
- Spencer (dis. Pablo Larraín)
- Nós Duas (dir. Filippo Meneghetti)
- A Filha Perdida (dir. Maggie Gyllenhall)
- Um Fascinante Mundo Novo (dir. Mona Fastvold)
- A Chorona (dir. Jayro Bustamante)
- Bonus track: Meu Pai (dir. Florian Zeller)
Guerrinha (designer e ilustrador)
- Meu Pai
- Druk
- Duna
- Os Tradutores
- Luca
- Homem Aranha: Sem Volta pra Casa
- 007 – Sem Tempo para Morrer
- A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
- Anônimo
- Judas e o Messias Negro
Mari Gogu (designer e criadora do Eu Te Dedico)
- A Filha Perdida
- Shiva Baby
Rodrigo Ortega (editor de música do Pop & Arte do G1)
- Meu Pai
- O Ataque dos Cães
- Nomadland
- Quo Vadis, Aída?
- Druk
- Summer of Soul
- Minari
- Luca
- Rocks
- Shiva Baby
Tico Pedrosa (editor de HQ do Pílula Pop)
- Meu Pai
- Duna
- Esquadrão Suicida
- Eternos
- Homem Aranha – Sem Volta Pra Casa
- Tick Tick Boom
- A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
- Judas e o Messias Negro
- Nomadland
- Não Olhe Pra Cima