Se Beber, Não Case! Parte II


Nossa avaliação

[xrr rating=3/5]

“Se Beber, Não Case! Parte II” me lembrou bastante… “Esqueceram de Mim 2”. Há muito tempo não via uma continuação que copiava tão passo a passo o original. Trata-se de um remake do filme anterior: os mesmo personagens, a mesma premissa, as mesmas situações. Troque Las Vegas por Bangcoc, um bebê por um macaco, um tigre por um monge e por aí vai…

Do plano inicial com os preparativos de um casamento às fotos que fecham o filme durante os créditos, é tudo uma repetição que só não é maior do que a letra daquela música mais bonita da cidade. Agora Phil, Alan e Stu vão à Tailândia para o casamento do último, e durante uma tranquila rodada de cerveja perdem a consciência para acordar em um quarto de hotel em Bangcoc. A partir daí a história vai buscar reconstituir a noite anterior dos três, que descobrem algum absurdo a cada nova pista na busca por Teddy, cunhado de Stu. Toda a originalidade que o primeiro filme apresentou é descartada por um roteiro que não contente em copiar, ainda apresenta furos em sua mirabolante trama.

Os personagens continuam infantilizados, respondendo com gritos, birras e imaturidade a cada situação. O arco dramático de Stu é praticamente o mesmo, mas agora ao invés da esposa castradora, ele possui um sogro. O fato da transformação do personagem no final do original não possuir consequências neste aqui é um prova de que o novo “Se Beber, Não Case!” não está interessado em ser uma continuação (em que os personagens amadurecem com a experiência anterior), mas sim o mesmo filme. Perde-se o imprevisível que tanto contribuiu para o sucesso do filme anterior.

Dito tudo isso, vamos logo ao que interessa. O filme é engraçado? Sim. Apesar de um tom mais dark (afinal Bangcoc não tem toda aquela luz de Las Vegas) todas as situações permanecem como esquetes cômicos para seus atores brilharem, e eles continuam muito bem. Bradley Copper se sai pior, pois possui o personagem dramaticamente menos interessante e sem muita função narrativa. Mais uma vez é Zach Galifianakis quem se destaca: seu Alan causa risos da primeira cena em que aparece (uma hilariante sequência no quarto de sua casa) até o desfecho da história. Ken Jeong ganha mais espaço com seu Mr. Chow, e Ed Helms está mais exagerado do que nunca.

As piadas funcionam, em uma sucessão de situações que te colocam novamente em uma montanha russa de constrangimentos e muito humor negro. É como um filme de ação ou um musical, só que aqui as cenas que surgem atropelando a narrativa são para te fazer rir. E realmente divertem muito. Mas incomoda bastante a sensação de “já vi esse filme antes”. E você já viu mesmo.


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