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-- Um Arco --

Escrevendo de: alto mar, 23/08

por Rodrigo Campanella

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O coreano Kim Ki-Duk continua sua jornada para construir um cinema intimista com textura powerpop, algo como um templo budista feito com torrões de açúcar. Soa estranho, e realmente a combinação fica esquizofrênica às vezes. Seu novo “O Arcoâ€, que estréia em BH nesse Indie, dá a impressão de ser obra de um bom planejador, mas que dirige e monta filmes com duas mãos esquerdas. Eu não estranharia se alguém viesse com a notícia de que o filme demorou três anos para ser elaborado e seis dias para ser montado.

O atropelo do filme dá espaço para pensar se não pularam um rolo na cabine de projeção, nisso “Casa Vaziaâ€, anterior de Ki-Duk, se saía relativamente melhor. Pelo menos, parecia que tinham cortado menos filme.

São as boas peças que salvam “O Arcoâ€. Preste atenção especial na menina e no ótimo cenário que é o barco – e em como o diretor demora para mostrar inteiro aquele convés-sala-de-estar e para construir a brejeirice, tão bonita, dela. Apesar do atropelo, você pode dar a sorte de ficar incomodado na cadeira em alguns momentos e sair da sala experimentando uma boa polida nos seus sentidos: visão, audição ou até olfato. É o que pode oferecer um diretor que, entre o pop e o clássico, segue como promessa para o futuro.

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