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Grandes poderes trazem grandes bilheterias?

13.07.04

por Lívia Bergo

Superman III

(Superman III, Reino Unido, 1983)

Dir.: Richard Lester
Elenco: Christopher Reeve, Richard Pryor, Annette O'Toole, Robert Vaughn, Annie Ross

Princípio Ativo:
Risos e computadores

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A falta de um subtítulo já indica que, apesar de ser mais uma aventura do Superman, ela não é igual às outras. O filme mais diferente e (talvez) incompreendido da série é bastante criticado pelo enredo completamente independente dos demais e por não trazer personagens como Lex Luthor e Lois Lane, que já haviam caído nas graças do público nos filmes anteriores.

Dessa vez, Christopher Reeve contracena com Annette O'Toole (Smallville), que interpreta Lana Lang, antiga paixão de Clark Kent no colegial. Eles se reencontram em uma festa de ex-alunos, em sua cidade natal. É lá também que o super-homem encontra o sagaz, porém ingênuo, especialista em informática Gus Gorman, interpretado por Richard Pryor (Estrada Perdida). Manipulado pelo vilão Ross Webster (Robert Vaughn, de Sete Homens e um Destino), o gênio da computação tenta criar uma máquina capaz de deter o homem de aço.

Richard Lester (A Hard Day’s Night), que produziu o primeiro e dirigiu o segundo filme da série, volta como diretor, impondo um ritmo diferente ao roteiro. Os primeiros 40 minutos tendem muito mais para a comédia e nos trazem uma seqüência digna das sitcoms dos anos 80. Quem esbarrou com o DVD na seção de Aventura fica um tanto quanto desapontado. Entretanto, os diálogos engraçados divertem, mesmo com um exagero ou outro.

Mas quando os vilões da vez começam a entrar em cena, passamos do pastelão ao drama em poucos segundos. Quem estava se divertindo passa à sonolência. E quem esperava ação também, já que, ainda que mais sério, o enredo continua lento.

O filme não deixa de ser um importante passo na “carreira†cinematográfica do homem-de-aço. Além de vermos dramas alternativos ao consagrado Superman x Luthor, existe um significativo avanço dos efeitos visuais que, mesmo longe da quase-perfeição atual, conseguem finalmente nos convencer de que o protagonista voa e não simplesmente pula pendurado por cabos dentro do set de filmagens.

Porém, a má repercussão do roteiro fora das telas mostrou que o sucesso dos primeiros filmes não se deveu apenas ao personagem-título. E, sem pestanejar, os produtores trataram de trazer Lois e Luthor de volta no quarto volume da série.

Lois: “Quem mandou querer seguir carreira-solo...â€

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