Walt resolve abdicar da tenebrosa sensação de que Gus pode liquidá-lo quando quiser e resolve consultar um simpático e eloquente traficante de armas (interpretado por Jim Beaver, de “Supernatural” e “Deadwood”). O comerciante é gente boa a ponto de avisar a Walter que ele não precisa de um contrabandeador de armas, visto que a lei do Novo México permite que você mande tranquilamente para o inferno alguém que esteja lhe importunando demais. Ainda sim, seduzido pelo fato de que o revólver adquirido não possui um número serial – ou seja, não pode ser rastreado -, Walt resolve adquirir esse berro no camelô assim mesmo.

Enquanto isso, os amigos retardados de Jesse Pinkman, Badger e Skinny Pete, estão de volta, com o extenso vocabulário de seis palavras que utilizam comumente: “bagulho”, “vadias”, “zumbis”, “mano”, “festa” e “condicional”. Pete está em um programa de desintoxicação, mas o carisma opiáceo de Pinkman acaba por degenerar o rapaz novamente. Eles caem de cabeça numa festa de três dias e três noites.

Walt leva a sua mal disfarçada arma de fogo, confortavelmente posicionada no lado direito da cintura, para o trampo, mas acaba frustrado, pois Gus não está lá e ainda enviou um novo camarada para fiscalizar a produção. Comovido pela súbita melancolia do protagonista, Mike, o principal leão de chácara de Gus, arremata: “você nunca mais o verá, Walt”. (P.S.: Foi nesse momento, inclusive, que eu tive quase certeza de que Giancarlo Sposito, que interpreta Gus, havia sido sumariamente chutado da série – não foi, segundo o Google Notícias). Walt, em um movimento óbvio, resolve dar uma passadinha na casa do chefão à noite, mas é suavemente impedido por Mike, através de uma ligação providencial.

Hank continua paraplégico e cada vez mais condicionado à sua condição de escroto. Marie, a esposa, é brutalmente maltratada em todas as vezes em que tenta se aproximar. Além de tudo, ainda é obrigada a tolerar (e a se envolver) com o bizarro novo hobby do policial em férias forçadas: COLECIONAR MINEIRAIS.

Walt resolve botar fé no repentino plano de ser brother de Mike, comparecendo ao bar que o capanga frequenta. Com a recém-adquirida verborragia de criminoso, propõe ao sujeito um plano para assassinar Gus, tentando apelar à razão de Mike: “Olha, o próximo funcionário empalado pode ser você!”. Em troca, recebe um tremendo tapão na orelha.

A festa de Pinkman e os seus quatrocentos e treze amigos panacas chega ao fim, sem que Jesse consiga convencer um deles sequer a passar mais tempo ali. A cena final, que mostra Pinkman agarrando a cabeça com as duas mãos enquanto tenta se alienar ao som da música alta esclarece a situação: o rapaz está totalmente SICKFUCKED.

E Saul Goodman fez outra aparição que não durou nem sessenta segundos. Fazer o que se a vibe agora é a da depressão, né?