Professora Sem Classe


Nossa avaliação

[xrr rating=3/5]

“Professora Sem Classe” demora a engrenar, mas depois da primeira meia hora, despeja tanta piada politicamente incorreta que fica difícil não rir de alguma coisa. Escrito pela dupla de roteiristas de “The Office”, o filme troca o escritório por uma escola em uma jornada focada em mais um protagonista desagradável.

Cameron Diaz faz Elizabeth, mulher detestável que está à procura de um “bom partido” para garantir a vida de lazer e riqueza que ela acha que tanto merece. Lecionando em uma escola em que os professores parecem ser exageradamente amigáveis, ela trabalha para juntar dinheiro para fazer um plástica nos seios. Os novos peitões, segundo ela, são a única chance de roubar um namorado rico das garotas mais novas.

“Professora Sem Classe” já abre com cenas dos filmes que pretende parodiar: os dramas escolares no estilo “Ao Mestre Com Carinho”. E continua com as referências através das produções que Elizabeth passa em sala de aula, buscando criar um humor por confrontação que às vezes fica cansativo: não precisava martelar tanto para o espectador que a protagonista NÃO É daquele tipo de professor, isso já estava claro desde o início.

Mas a brincadeira consegue render bons momentos, como as cenas ao som da trilha de “Mentes Perigosas” e a didática pouco ortodoxa da professora.  Um dos problemas da produção é apresentar um variado corpo docente que fica esquecido a partir da segunda metade do filme. Por outro lado, neste momento a trama ganha foco e se concentra em quem interessa: Elizabeth, a rival Amy (Punch) e seus dois pretendentes: Justin Timberlake e Jason Segel.

O elenco parece se divertir. Enquanto Segel coloca um pouco mais de autoconfiança no típico papel que está acostumado a fazer, Timberlake sai de sua zona de conforto e faz um personagem irritantemente sem sal. Mas o show é de Diaz, que se entrega com vontade a um tipo que poderia ser facilmente odiado. Se não é, é mais pelo carisma da atriz do que pela condução da história, que não oferece muitas formas de identificação do público com sua personagem. “Professora Sem Classe” é uma boa comédia adulta. Mas Elizabeth merecia um filme melhor.


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