E se nossa série favorita fosse diferente de como a conhecemos? E se Grey’s Anatomy fosse Webber’s Anatomy? Utilizando um recurso manjado no mundo das séries (só de cabeça consigo lembrar de “Friends” e “Desperate Housewives” fazendo o mesmo), “If/Then” mostra uma realidade alternativa que teria acontecido caso algumas decisões dos personagens tivessem sido diferentes.
If…
E se Ellis Grey nunca tivesse adoecido e fosse a chefe de cirurgia no Seattle Grace Hospital?
E se Richard Webber tivesse tido a coragem de largar Adele, casar com Ellis e criar Meredith como filha?
E se Meredith, conhecida como Dra. Webber, tivesse desenvolvido a carreira à sombra da mãe fazendo tudo o que ela quisesse?
E se Alex Karev fosse um nerd bonitão, chefe dos residentes e noivo de Meredith?
E se April Kepner continuasse virgem, mas bem menos irritante e se tornasse a melhor amiga de Mer?
E se Miranda Bailey fosse conhecida como Mandy, ao invés de Nazi, reflexo de sua personalidade pacata e submissa?
E se Lexie tivesse perdido os dois pais e se tornado uma viciada em drogas com overdoses seguidas?
E se Addison e Derek Sheperd não tivessem se divorciado e esperassem um filho?
E se Callie Torres fosse casado com Owen Hunt com três filhos gracinhas?
E se Owen ainda sofresse dos traumas da guerra?
E se Cristina Yang fosse uma bitch, competitiva, arrogante e detonasse na cardio? Oh Wait…
Then…
Então Ellis continuaria sendo a mãe e chief castradora que sempre foi interferindo na vida da filha e dos demais ao seu redor.
Richard continuaria sendo um porto seguro para o qual Meredith correria sempre que houvesse um problema.
Meredith acabaria se rebelando contra a figura da mãe, se tornaria melhor amiga de Cristina e flertaria com Derek entre doses de tequila no Joe’s.
Alex continuaria sendo o mesmo babaca estragando tudo o que construiu.
April acabaria odiada por todos (desta vez por dormir com o noivo da melhor amiga).
Miranda ainda daria discursos motivacionais para os residentes.
Lexie ainda seria Lexiepedia.
O casamento, aparentemente dos sonhos, dos Sheperd seria uma bosta e o filho de Addison seria de Mark Sloan.
Callie continuaria lendo revistas na SO e seria tirada do armário por Arizona de qualquer forma.
Owen encontraria em Cristina a cura para o seu estresse pós-traumático.
E Cristina continuaria sendo a Cristina que nós amamos.
“IF/Then” é um daqueles episódios chamados pelos americanos de fillers, que servem para fazer volume no meio da temporada sem interferir no desenvolvimento da trama principal. Seu objetivo era divertir a partir do universo criado para a série durante esses oito anos, quebrando ou reforçando situações e características já conhecidas da história e seus personagens.
Apesar do discurso piegas no final de que o destino acaba sempre dando um jeitinho pra fazer acontecer o que tem que acontecer, valeu dar boas risadas com as menções à Izzie e George, respectivamente uma louca que roubou um órgão para o namorado paciente e um desistente que reprovou no teste do internato. Valeu rever Addison na melhor forma, bem longe do que a personagem se tornou em “Private Practice”. Valeu pelas piadas sobre “o” melhor amigo de Owen, Teddy. E valeu pelas reencenações dos momentos em que Derek descobre sobre o caso de Addison e flerta com Meredith no bar.
Mas ficamos aguardando ansiosos por um pouco de ação de verdade, no próximo episódio.
Uma resposta para “Grey’s Anatomy – 8×13 If/Then”
Pelo menos não foi a vergonha alheia monstro do episódio musical… (bate na madeira =p).