Shonda Rhimes parece ter ouvido, enfim, nossas preces e esta semana mostrou como se faz um episódio no bom e velho estilo “Grey’s Anatomy”.
Primeiro, ao invés de vários casos espalhados pelo hospital, concentre-se em um único e forte caso que interfira diretamente na vida dos residentes – de preferência a protagonista da série.
A estória da adolescente que foi seqüestrada ainda criança e conseguiu fugir do cativeiro quase dez anos depois foi uma metáfora feliz e conseguiu fugir do óbvio e do piegas que geralmente abundam na série. Meredith, como sua paciente, passou tanto tempo em uma determinada situação que está acostumada com ela sem se dar conta de que existem coisas melhores por aí. Após postergar por mais de um mês uma entrevista de trabalho em Boston no melhor programa de cirurgia geral do país, ela resolve seguir os próprios conselhos e ir em frente.
Depois, você deixa que os protagonistas da série (a.k.a. residentes) guiem o episódio com seus medos, inseguranças e desafios profissionais. É importante não esquecer dos problemas afetivos que estarão presentes com discrição, mas nem por isso com menos impacto. Soma-se a isso tudo cenas engraçadas no refeitório e na sala de observação.
Foi um alivio poder ver Cristina, Alex, Meredith e até mesmo April e Jackson lidando com seu futuro profissional e os desafios que o esperam em entrevista trás entrevista. Ou no caso de Karev, em entrevista nenhuma. Arizona está decididamente boicotando suas recomendações para não perder seu melhor residente. Já Cristina é cortejada pelos melhores programas de cirurgia cardiotorácica dos Estados Unidos deixando Teddy desesperada. Apesar da insistência da mentora, Yang parece decidida a deixar o SGH e Owen para trás.
O toque final é colocar os coadjuvantes no papel de coadjuvantes. Àqueles com falta de talento e/ou força dramática, uma fala quando muito. Àqueles que merecem e conseguem carregar o peso, cenas curtas mas intensas.
Sloan, Torres e Sheperd tiveram pouco destaque e serviram apenas aos seus talentos médicos. Arizona teve uma participação maior na estória de Alex. E todos os holofotes se viraram para Bailey na cena em que pensa ter tido o próprio filho seqüestrado e para Teddy e Owen na discussão final sobre Cristina.
Se preferir, o episódio pode vir acompanhado de cenas sobre como o Mal de Alzheimer afeta a família dos pacientes.
À essa altura da série, após o caso da mãe de Meredith e dos estudos clínicos de Derek, o plot de Richard e Adele não faria falta, mas serve para relembrar de como “Grey’s Anatomy” pode ainda ser como antes. E, a depender do promo do próximo episódio, será.
3 respostas para “Grey’s Anatomy 8×20 – The Girl With No Name”
Haha, quando vi na quinta achei que você ia gostar do episódio…
A verdade é que nunca haverá uma segunda temporada novamente, e eu preciso aceitar o fato. Mas e aí? Cê gostou, Dani?
Gostei… mas tinha gostado daquele com o round final entre a Yang e o Owen tb. A temporada não está sensacional, mas… acho que eles deviam agendar logo o fim da série e planejar uma temporada final pra arrebentar a boca do balão (uma expressão que as pessoas da minha idade usavam circa 1992 =p).