[xrr rating=1.5/5]
“A Última Casa da Rua” traz clichês por todos os seus cômodos. Isso não seria um problema se eles fossem orgânicos e funcionassem a favor da história. Mas o problema é que esta tentativa de fazer um filme de terror esbarra num excesso de tanto tentar assustar que nem o interessante elenco salva.
Jennifer Lawrence prova que não consegue acertar sempre e assume o papel da mocinha da vez que vai morar com a mãe (Shue) em uma casa vizinha ao local onde ocorreu um assassinato em família. E dá-lhe criança psico, sótãos assustadores, o freak da cidadezinha, bosques estranhos, bizarros barulhos de animais e tudo mais que a cartilha do terror pede.
Os diálogos, além de expositivos, são óbvios e cansativos, enquanto o conflito entre mãe e filha que deveria pontuar o drama não consegue ir além da discussão superficial. Se há um mérito neste “A Última Casa da Rua” é o fato de fugir um pouco do sobrenatural e ainda apresentar uma interessante reviravolta que, apesar de conter muitos furos, diverte.
Se “Psicose” parece ser a inspiração principal do filme, a mistureba de suspense com terror adolescente se perde com a mão pesada do diretor, com a trilha sonora batida e com os personagens secundários que não tem muito o que fazer em cena. Recomendado apenas para quem gosta muito do gênero, “A Última Casa da Rua” deveria ser também a última tentativa de se requentar algumas ideias mais do que ultrapassadas.