Jason Bourne


Nossa avaliação
Jason Bourne (2016)
Jason Bourne poster Direção: Paul Greengrass
Elenco: Matt Damon, Tommy Lee Jones, Alicia Vikander, Vincent Cassel


Quando Paul Greengrass assumiu a direção de “A Supremacia Bourne”, em 2004, trouxe um bem vindo ar de “realidade” à premissa absurda do super agente desmemoriado. Seu estilo documental causou um impacto tão grande que passou a influenciar o cinema de ação como um todo, mais notadamente, os filmes da franquia 007.  Por isso, após o morno “O Legado Bourne” (2012) sem Matt Damon e sem Greengrass, os fãs comemoraram a reunião da dupla em um novo filme agora em 2016.

“Jason Bourne” eleva os absurdos da trama à enésima potência, exagera nos maneirismo de Greengrass e confunde excesso de personagens com complexidade. Não que o filme seja ruim: o personagem é interessante o suficiente para que acompanhemos sua jornada e há alguns momentos inspirados tocados por um elenco uniformemente competente.

O problema é que a câmera nervosa – marca registrada do diretor – vibra tanto que impede a compressão de determinadas sequências de ação, especialmente as mais próximas, no combate corpo a corpo de personagens. Além disso, a história tenta ser inteligente, mas é mais do mesmo Bourne requentado com situações confusas e personagens que aparecem de acordo com a necessidade de se resolver algum furo de roteiro. Matt Damon/Jason Bourne/David Webb sofre de memória dolorida, com vários flashbacks que parecem não confiar na memória do próprio espectador, que acabou de ver aquilo tudo minutos atrás no mesmo filme.

O clímax apresenta uma perseguição digna de Michael Bay (mas melhor decupada) que não combina com o clima da obra e nem das anteriores. “Jason Bourne”, o filme, confia demais em Jason Bourne, o personagem, e parece entender que basta exagerar nos clichês da própria série para se sair bem. Mas apesar de alguns ótimos momentos, a nova aventura do homem em busca de sua própria identidade possui ritmo irregular e repetição constante da estrutura dos anteriores. Está na hora da franquia Bourne começar a fazer o que o personagem Bourne tanto busca: reinventar-se.


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